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Com 739 registros em 160 cidades, casos de microcefalia quintuplicam em 15 dias

 

25/11/2015

Emergência sanitária. Segundo o Ministério da Saúde, problema rompeu a barreira do Nordeste e há um relato em Goiânia; Pernambuco é o Estado com situação mais crítica, com 487 casos. Pesquisadores dos EUA e da OMS vêm ao País na próxima semana

Lígia Formenti

 

O avanço da epidemia de microcefalia previsto por autoridades sanitárias está se concretizando numa velocidade mais rápida do que o esperado. O Brasil registrou ate agora 739 casos da má-formação, cinco vezes mais do que havia sido contabilizado há duas semanas, quando o estado de emergência sanitária de importância nacional foi decretado.

 

Além da expansão de registros, a epidemia se alastra. O número de cidades com casos notificados passou de 55 para 160. O problema também rompeu a barreira do Nordeste. Um caso de microcefalia foi notificado em Goiânia. "Há risco de os casos se espalharem pelo País", disse o ministro Marcelo Castro.

 

A maior parte das notificações ocorreu em Pernambuco: 487 registros. Em seguida, vêm Paraíba (com 96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará ^Bahia (8) e Goiás (1). "Estamos prestes a dizer de forma peremptória e definitiva que esse aumento é provocado pela infecção das mães pelo vírus."

 

Castro disse que as chances de o zika vírus ser o responsável pelo aumento de nascimento de bebês com microcefalia é de 90%. Ele é transmitido pelo Aedes aegypti, mosquito também responsável pela dengue e pelo chikungunya. "Além da dengue, que mata, e da chikungunya, que aleija,temos agora o problema da zika, que causa microcefalia. É um problema muito grande para a gente enfrentar", disse o ministro.

 

Para Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, os casos de zika não têm precedentes no mundo. Diante disso, o governo espera reunir mais informações para atribuir a relação de causa e efeito entre as doenças.

 

As evidências, no entanto, são fortes. Como antecipou o Estado, exames identificaram material genético do zika no líquido amniótico em dois fetos na Paraíba que apresentavam a má-formação. Outros dois fatores pesam para essa avaliação: o fato de bebês nascerem meses depois de a epidemia ter sido identificada no Nordeste e o relato da maior parte das mães de ter apresentado, nos primeiros meses de gestação, febre, manchas pelo corpo e coceiras - os sintomas clássicos da zika.

 

Estados. O vírus chegou ao Brasil neste ano. Em poucos meses, provocou epidemia no Nordeste. Dados do ministério indicam que 18 Estados apresentam a circulação do vírus, entre eles São Paulo e Rio - quatro a mais do que na semana passada.

Na próxima semana, deve desembarcar no País uma equipe de pesquisadores com integrantes do Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Ao falar de estratégias de combate à dengue, o ministro citou a possibilidade, a médio prazo, da adoção de "mosquitos transgênicos" ou infectados por uma bactéria, a wolbachia. Embora promissoras, Castro observa que tais iniciativas não estão disponíveis imediatamente. O governo também não descarta pedir auxílio do Exército para combater o mosquito. Nesta semana, será lançada uma campanha de prevenção às doenças

 

FONTE: saude.empauta.com

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