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Belém lidera a lista de capitais com a pior taxa de mortalidade nacional

Data: 06/07/2020
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As mortes por Covid-19 seguem afetando fortemente os maiores municípios brasileiros. O país tem 16 cidades com mais de 1 milhão de habitantes e dez delas, se fossem países, estariam entre as nações com maior mortalidade per capita devido à doença. Levantamento feito pelo Valor com base em dados do Ministério da Saúde mostra que Belém e Fortaleza têm taxa de mortalidade pior que San Marino, que, com 1.238 mortos por milhão de habitantes, é o país com a pior relação do mundo.

 

Com 1.920 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia e população de 1,492 milhão, Belém lidera a lista com a pior taxa de mortalidade nacional: 1.286 por milhão de habitantes. Fortaleza vem a seguir, com 1.244 mortes por milhão, segundo dados de 3 de julho.

 

Também são destaques negativos na lista das maiores cidades brasileiras as capitais Recife (1.137), Rio de Janeiro (995) e Manaus (829), conforme dados do Ministério da Saúde.

 

Na capital da maior região metropolitana do país, São Paulo, a taxa estava em 598 mortes por milhão, acima de Guarulhos (506 mortes por milhão) e Campinas (283 mortes por milhão).

 

Das 16 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes, apenas Curitiba (82), Porto Alegre (64) e Belo Horizonte (62) têm menos de 100 mortes por milhão de habitantes. Apesar da taxa baixa frente a outras cidades, Porto Alegre vive um aumento de ocupações de leitos de UTI e pode adotar mais medidas de isolamento.

 

Outros grandes centros urbanos pelo mundo também foram duramente impactados pela pandemia de coronavírus. É o caso da cidade de Nova York, que registrou 22.574 mortes até quinta-feira, o correspondente a 2.719 por milhão de habitantes. É também o caso da Madrid, com 1.267 mortes por milhão de habitantes.

 

Sobre a taxa de óbitos por milhão de pessoas na cidade do Rio de Janeiro, a secretária extraordinária da Covid no governo do Estado do Rio, Flávia Barbosa, disse o dado pode estar relacionado a uma busca tardia da população por atendimento médico. Segundo ele, isso seria uma realidade no início da pandemia.

 

“No início, as pessoas já chegava ao hospital com fase tardia da doença. Isso não é mais a realidade”, disse ela, acrescentando que a ocupação dos leitos de UTI no Estado do Rio estariam atualmente em 34%, após chegar a 80% no pior momento da pandemia. “A taxa de mortalidade está em declínio sustentado. Os óbitos, que chegaram a 250 por dia no Estado do Rio em maio, estão atualmente em 25 óbitos por dia.”

 

Segundo ela, a flexibilização no Estado do Rio estaria sendo feita com em “base epidemiológica”. “No momento, temos bandeira laranja, o que flexibiliza shopping center, comércio de rua, restaurantes”, disse a secretária.

 

Quando o assunto é a taxa de letalidade (óbitos em proporção ao total de casos confirmados da doença), o município do Rio aparece com 11,4%, quase o triplo da média nacional (4,13%). Os números preocupam em um momento que a cidade e o restante do Estado do Rio iniciaram uma abertura gradual. Nesse caso, como os testes de Covid-19 são poucos no Estado do Rio, o número de casos positivos da doença é bastante subnotificado, o que tem reflexos no resultado final da equação, segundo o governo do Rio.

 

Fonte: Valor Econômico

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